quinta-feira, março 18, 2010

Pelo direito de ser...SIMPLESMENTE MULHER!!!

Pelo menos no tocante ao Brasil, o feminismo foi uma das piores catástrofes sociais da história. Que me perdoe minha querida Tintti,grande amiga e militante da causa, que conheci durante minhas aventuras na gélida Finlândia. Aqui nos trópicos, a coisa não é tão florida assim. Talvez também não seja em qualquer outro lugar do mundo- mas só posso falar do que conheço.
E o que conheço é uma geração antropofágica de mulheres numa constante competição entre si e com elas próprias. Mulheres que pensam ser mais livres, porém são mais escravas que quaisquer outras. Mulheres que desprezam a própria essência feminina,que, ao longo dos anos em busca de equipararem-se aos homens, acabaram por nivelar-se por baixo, recusando tudo o que as faziam seres mais sofisticados, de sentimentos e atitudes mais refinados.

As mulheres de hoje retardam a maternidade para quando já estão entrando no declínio da idade reprodutiva. E põe a busca pela eterna juventude à frente da busca pela sabedoria da experiência.O papel da mãe e dona-de-casa é ridicularizado, considerado última instância, falta de opção, "sina" das ignorantes, analfabetas e obsoletas.

Provavelmente a avó que foi às ruas pelo direito de votar e trabalhar por um salário digno não imaginou que sua filha queimaria sutiãs em praça pública pela liberdade sexual. Imagino o que se passa pela cabeça dela ao ver os valores e ideais defendidos pela neta de 13 anos...


A mulher tem que ser independente, trabalhar fora, ter formação.Mas, se for bonita e tiver um belo corpo,o conteúdo passa a ser irrelevante para o sucesso. Em se tratando de mulheres consideradas importantes da nossa época, a aparência parece sempre superar o conteúdo. Vejamos a cultuada Megan Fox, atriz de pouco talento, caráter notadamente duvidoso, atitudes lamentáveis e uma beleza estonteante. Ela pode ser horrível por dentro, mas quem liga? Todos querem tê-la, todas querem sê-la.


Aprendemos não devemos nos apegar a nenhum homem nem se prender aos filhos. Tivemos isso tão incutido em nossas mentalidades, que se refletiu em homens que não valorizam as mulheres como esposas e filhos que não reconhecem o valor das mães. Mais triste do que uma jovem que acha absurdo cozinhar e põr a mesa para o marido, é um rapaz que diz jamais querer se envolver com uma garota que prefira as prendas domésticas à uma carreira profissional.

Vejo a situação deste início de século XXI como uma oportunidade para se equilibrar estes valores. Iniciar uma luta pelos direitos de sermos verdadeiramente mulheres. Lutar pelo direito de NÃO optar por uma carreira profissional que exclua uma vivência familiar saudável. Pelo direito de ficar em casa educando nossos filhos, sem ser julgada com desprezo pela sociedade. Lutar por não ser rotulada segundo o número do manequim, não ter a inteligência medida pelo valor de um salário.

E, concluindo, faço questão de frisar a um possível leitor que hoje, aos 30 anos, não penso em mim como nenhuma ignorante, desafortunada ou infeliz por ser dona-de-casa. Na verdade, considero um privilégio muito grande não ser obrigada financeiramente a ter um emprego assalariado, e poder me dedicar inteiramente à minha casa, ao meu marido e à minha filha. Não depender de uma faxineira também é uma oportunidade de independência. Que espécie de independência é a de uma pessoa que nunca tentou fritar um ovo ou lavar a própria roupa..? Não preciso de um patrão me dizendo o que fazer ou não fazer: eu conheço as vantagens e prejuízos de cada ação minha para eu e minha família. não trabalho por dinheiro, e sim por amor. A gratificação é imediata, e o reconhecimento, às vezes pode até vir com o tempo, mas vem com uma solidez que poucas carreiras podem garantir.

Continuo com minha produção intelectual e profissional, eventualmente até ganho dinheiro com isso. Mas fazer o almoço da minha filha e vê-la sorrir, isso patrão nenhum paga.Saber que meu marido já comeu nos melhores restaurantes, e acha o meu arroz o melhor do mundo.

E aí? Quem ganha mais que eu?

*risos*