terça-feira, novembro 30, 2010

Xi...vazou!

Tô com medo desse WikiLeaks. Pra quem não conhece, é um site na Internet que divulga documentos militares confidenciais dos EUA e outros países (embora a grande sensação seja o furdunço que esse site faz na vida da diplomacia americana).

Dessa vez, telegramas diplomáticos despachados desde a década de 60, foram expostos no site, causando grande dor-de-cabeça para a Sra. Clinton, já não bastase o peso de uma Monica Lewinsky na testa.

De toda a onda, eis a parte que realmente me interessa "Para EUA, Brasil oculta prisão de terroristas, revela WikiLeaks" notícia publicada no Estadão.com.br

Olha os EUA querendo dar motivo pra invadir nossa praia!
Roubar nosso pré-sal (existe, afinal?), nossa Amazônia, nossa água doce, samba, feijoada...

O Lula era "o cara", e a Dilma, vai ser "a mina" ?

Mina de ouro, né...

Ouro,café, água doce, fauna, flora...Até as bundas no Brasil estão em extinção. Até nossas beldades sonham com carreira internacional. "Fulana é top, foi morar nos States. Casou com gringo..." Ah, sai de mim com esse complexo de Paraguaçu!

Compro um Gurgel a álcool e vou viver de banana, mas por mim, passe bem gringolândia, cuidem dos seus que eu cuido dos meus. Bora treinar direito esse exército e fazer uma campanha patriótica REALISTA, não aquela maluquice de Copa do Mundo...

A gente já tem super-herói, né? Duvido que ia rolar aquela operação toda no Rio se o moral das tropas não estivesse lá em cima. E, quem além do Capitão Nascimento pra botar a população aplaudindo e gritando "Caveira neles!" pelos blogsflogslogs da vida?

Foi só mostrar que o mocinho pode ser tão ousado quanto o bandido, sentar e chorar não tá com nada. Capitão Nascimento é o antônimo de Profeta Gentileza. Truculência gera truculência. Até a palavra é truculenta de se dizer!Pára o mundo que eu quero desceeeeeeeeeeeeeer..!!

É, John... a gente tá dizendo, mas ninguém tá ouvindo. :P

sábado, novembro 27, 2010

Caos e efeito

É incrível isso que está acontecendo no Rio. Quer dizer, eu é que não quero acreditar. O mais difícil é pensar que, no ponto em que chegamos, a ação massiva de coação ao poder paralelo deve ser considerada uma coisa boa. Uma espécie de "dia do juízo" para os demônios e anjos caídos do tráfico.

Acho que só posso imaginar como é ser um desses agentes, viver uma guerra dessas, só eles sabem pelo quê estão lutando, dispostos a arriscar a própria vida e a de tantos outros, culpados ou inocentes...Acho que só posso imaginar como é ser uma dessas pessoas de bem que descem o morro com filho no colo, mãe idosa, irmã grávida, gente que já trabalha muito e sofre demais, e agora não pode sequer ficar no próprio cantinho, desce pro asfalto sem ter pra onde ir, mas a gente se vira, o negócio é ficar vivo.

Penso naquele senhor meio desdentado, 80 anos, que mora no morro desde que era um subúrbio lindo, cheio de colinas e nascentes. Ele está otimista, mesmo tendo que dormir na rua com a filha, o neto e a companheira, acha que quando voltar para casa, o morro terá mudado para melhor. Sua filha nada responde, mas ela não concorda com o pai. Nasceu e pariu em meio a realidade violenta do tráfico. Ali não tem polícia, nem tanque que resolva. Ali, só Deus.

Não é de adimirar que o Brasil tenha elegido para herói o lendário Capitão Nascimento. As palmas no cinema são a mais legítima manifestação de que o povo está tão cansado da situação, que já justifica a violência.

É, Brasil, nem todos somos culpados. Mas todos pagamos caro, de um jeito, ou de outro...

"Abre a janela da favela...você vai ver a beleza que tem dentro dela..." Ponto de Equilíbrio

O documentário Meninas , sobre a dimensão do problema da gravidez na puberdade através da vida de meninas pobres e muito jovens -13,14,15 anos - moradoras do Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro.

A delicadeza e originalidade da abordagem, respeitando o ponto de vista delas,um tanto romântico e infantilizado. A última cena traz um epílogo chocante, contrastando com o clima leve de todo o filme, tamanha a ternura com que a diretora tratou o assunto. Mesmo dentro de uma situação tão controversa quanto a dessas meninas-mães, ainda há momentos de grande beleza e emoção no filme.

Mas, não acreditem no que digo: assistam!

quarta-feira, novembro 24, 2010

Rosa McCartney e o Ninho de Mafagafos

São seis da manhã em São Paulo, a garoa se espalha no chão. Sabemos que a escolha da companhia aérea é uma decisão do cliente, mas ficar esperando bagagem dar a volta na esteira, ninguém merece.

Pisei em solo paulista ainda na pista - e por mais que rime, não seria verdadeiro expôr de outra forma. A mágica e misteriosa viagem através do Brasil foi concluída com êxito. Thank you leis da aerodinâmica!

Agora, a mágica misteriosa viagem através da cidade. São Paulo, minha São Paulo, my Saint Paul, Paul McCartney! Cada ônibus era um submarino amarelo e todos os cruzamentos se tornaram Abbey Road. Dá pra ir a pé da casa da minha mãe ao hotel onde Sir Paul se hospedou. "Alô,seu Beatle! Somos vizinhos!"

Chove chuva, chove sem parar...Upa! Sem Parar, aquele chocolate? Ah, se fosse assim, deixa chover..! Mas eu me sinto uma tremenda idiota enrolada nessa capa de chuva que mais parece um saco de lixo. E, quer saber? Tô toda molhada. Não adiantou piscirocas.

Não tem grana nem chuva que pague ir ao show de um Beatle com seus pais. Meus pais detestam futebol. São espiritualizados, mas não religiosos. Não freqüentam clubes, restaurantes nem trabalham em empresas afeitas á confraternizações. Negócio deles é (muito) poucos e (muito) bons shows. Meu irmão foi praticamente no colo para o primeiro show do Paul McCartney no Brasil. Eu voltei rouca e dolorida pra espalhar a novidade na escola.

Dessa vez não teve escola. Dormi até as 15h. Ainda bem que terminei o colégio em 1998.

Tudo bem in the rain, 64 mil pessoas no estádio e meu tio consegue ver lá da pista a minha lanterna diferente. Ser esquisito é legal quando se precisa de um destaque no meio de mais de 60 mil pessoas...

Showzaço. Somzaço. Pernadaço até achar um táxi livre. E preçaralho, claro. Por aquela quantia, dava pra alugar uma limusine numa segunda-feira qualquer.

Peraê, era segunda, mas não era qualquer.

Era a segunda apresentação do Paul!

Apresentação de primeira, inclusive. Babem, cariocas, mas o Paul ama os paulistas, que têm Paul até no nome..!

Essa doeu.