sábado, julho 09, 2011

Engraçado, né...

Quanto mais coisa a gente tem pra dizer, parece que fica mais difícil sair...
Quanto mais medo a gente tem, mais paralisado e adormecido fica, como se o golpe fatal não doesse tanto...

Aliás, engraçado nada, não tem graça nenhuma.

Como num momento a gente está bem, e no outro...não.

Como tudo é cristal num instante, no outro é caco.

Como eu queria alguém, alguéns, todo mundo, o mundo inteiro pra ouvir agora o que eu quero tanto dizer, mas me calo, porque não quero falar.

Quero lembrar de esquecer certas coisas

Esquecer de lembrar certas coisas

Que não consigo esquecer

sábado, julho 02, 2011

Trabalhando...

É sábado a noite e eu não devia estar aqui. Eu devia estar em qualquer outro lugar, me divertindo em Canoa Quebrada com um abacaxi cheio de suco de frutas na minha frente, pés molhados do mar e ombros quentes do abraço do meu amor. Eu devia estar num lugar enluarado, mas o máximo que tenho agora são as estrelas pintadas no teto do quarto,estrelas que eu mesma pinei- uma por uma - num passado nem tão distante.

Sentada numa cadeira de plástico, encarando o site de uma empresa que DEFNITIVAMENTE precisa de uma nova roupagem. Analiso o problema, desdobro as opções, seleciono as soluções- quais?

Preciso pensar no que os outros pensam, mas de um jeito diferente. Publicidade é isso, engolir o que todo mundo engole, mas mastigar de um jeito diferenciado para se destacar na multidão.

Já tentei umas oito mil abordagens diferentes para o negócio e ele simplesmente não funciona. Essa é a hora de fazer mágica: apostar na originalidade com baixíssimo orçamento. Ou, porque não, orçamento ZERO. Criatividade não tem preço.

Já pensei em apelar pro pessoal. Fazer um blog sobre o dia-a-dia de uma suposta funcionária, sei lá. Criar uma espécie de relações públicas virtual online. Uma personagem de redes sociais. Tenho vontade de aplicar isso. Só que exige tempo - e tempo online, concentrada para fazer isso, eu não tenho. Nem pra falar da minha própria vida real de carne e osso (e uns pneuzinhos), eu tenho tempo. Situação no mínimo bizarra para quem costumava escrever verborragicamente até pouco tempo atrás.

Pensei em fazer um videolog. Só uma coisa: eu tenho vergonha da câmera. Não me sinto tão nervosa se é uma câmera profissional de TV, mas se é a porcaria da MINHA câmera, eu acho a situação tão ridícula que não consigo continuar. Ou pelo menos, publicar. Confesso que tenho uns vídeos guardados, de mim fazendo coisas e dando depoimentos para a câmera, mas eu me sinto tão idiota fazendo isso, que não tenho coragem nem de assistir. #prontofalei

Ou poderia apelar para o humor ultrapopular: eu faria o papel de uma mulher que queria ter nascido homem para poder ser travesti. E revelaria ao mundo minhas ambições políticas e estéticas através de vídeos de três minutos no youtube.

Aí é que tá, eu acho que um personagem desses poderia ofender alguém, e eu gosto de humor "censura livre", pra todo mundo poder assistir e ter uma opinião. Pode ser uma piada universalmente tosca, mas pelo menos, não fere a memória de ninguém...

Como chamar a atenção das pessoas na Internet? (sem apelar pra baixaria)

Pensando...