quarta-feira, junho 20, 2012

Pikenices de consumo..!

Eu não sou uma pessoa consumista. Claro que adoro roupas e sapatos novos, mas não sou do tipo que compra por fetiche ou terapia. Vou mais pela ocasião: se tem um evento especial, gosto de tudo novo. Nessa semana passada confesso que perambulei um tanto por lojas e shoppings, por força maior de oportunidade + necessidade. Oportunidade por conta da minha tão esperada viagem que se aproxima. Necessidade porque...de boa, quando mudamos de um lugar onde nunca faz menos de 25 graus e vamos parar nessa friaca bissurda de Sampa, o guarda roupa de minivestidos de chita, estilo riponga da floresta, nada consta... Bom, tinha um item da minha lista que eu já sabia que seria mooooooito difícil de encontrar... Uma bota de cano longo, meia pata, salto altíssimo e 32. Tá, 33. Só pra facilitar. Mas eu já havia rodado a cidade inteira sem nenhuma esperança de encontrar meu tesouro no fim do arco íris. Teve vendedora desbundada que ainda teve a audácia de me dizer que esse modelo que eu estou procurando "não está mais na moda". Que mané moda! Olha bem na minha cara, beibe: eu tenho ES-TI-LO..! Bom, num shopping popular da Zona Sul, pelo menos encontrei um perfume bom num preço razoável. Já considerava esse meu pequeno trunfo do dia de compras meio frustrado, já que tinha sido a única coisa que eu realmente saí para comprar e consegui. Passei por uma vitrine de sapataria. Suspirei. Realmente, nenhum modelo nem parecido com o que eu queria. Já estava andando quando um vendedor me perguntou se eu já havia sido atendida. Dei um daqueles meus sorrisos sapecas e olhei no crachá dele: -Bom...Fábio...Eu tenho um desafio para você. Será que você consegue achar uma bota de salto bem alto e fino, cano longe, tamanho 32...33? Pela cara que ele fez, já sabia a resposta. -Acho difícil...Mas posso ver uns "scarpins"! -Claro, por quê não? - eu não estava com pressa, mesmo. Se ele achasse um scarpin 33, na verdade, já seria um trunfo. Quem tem pé do tamanho do meu e quer sapato de adulto, não escolhe o que quer, escolhe o que tem... Pra minha surpresa, o coitado voltou carregado de caixas. E para minha decepção, um sapato mais..."nada-a-ver" que o outro. Não feios. Só nada parecidos comigo. estampa muito sóbria, peep toe, tecidinho, medalhões...afe, afe, afe, tudo com cara de sapato de "vó stripper", manja? Sapatos sérios, com jeito de sapatilha com saltão. Quando ele abriu a última caixa, aí sim, eu quase dei um berro de felicidade..! Como eu estava dizendo no começo, eu não sou consumista.E nem me lembrava mais da derradeira vez que senti uma euforia tão grande ao ver uma peça de roupa ou par de sapatos. Mas dessa vez me senti a própria Dorothy em seus sapatinhos de rubi. Tive certeeeeza de que iriam ficar enormes, desconfortáveis, apertados..! Coloquei um. Perfeito. O outro. Caminhei. Dancei. Lindos. Perfeitos demais! Chutei todos os outros pra escanteio: "Tchau pra vocês, esse aqui eu levo!" . Nem perguntei o preço: me conheço, e se eu perguntasse eu não levaria. Não é um sapato desses bonitos, mas visivelmente vagabundos. Dava pra ver que era coisa boa, para durar... e óbviamente carésimo. Whatever. Eu queria muito. Eu dei duro por isso. Eu tô nessa fase: eu fiz por merecer. É, eu mereço. Peguei a notinha: "moça, nem me fala o preço, só passa meu cartão, eu vejo na saída!" -ela riu. Peguei a sacola, agradeci, me despedi do vendedor, saí da loja. Só então eu fui espiar na notinha. E tive meu momento GLORIOSO do dia: paguei pelo meu sapatinho nada mais, nada menos do que, tipo... a METADE da METADE do que eu tinha calculado, pelo valor dos outros sapatos que eu tinha visto na vitrine. Talvez eu não tenha muita sorte no amor, talvez eu não tenha muita sorte no jogo... Mas pelo menos hoje eu tive uma sortezinha boa nas compras. Vou dormir feliz como uma Cinderella, sonhando com o primeiro baile dos meus sapatinhos de verniz :D

domingo, junho 10, 2012

Enrolando..!




Tem um episódio que o Bob Esponja precisa fazer uma redação sobre "O quê não fazer em um farol fechado". Ele tem tipo, um dia inteirinho para fazer a bendita redação, e tudo o que faz é ficar imaginando e se inspirando, e vangloriando de toda sua criatividade e como fará a melhor e mais interessante redação do mundo sobre o tema.
Claro que nessa ele vai é enrolando, enrolando, enrolando...até se encrencar, perder tempo e ganhar estresse.

Não gosto de ter de reconhecer isso, mas já fui muito assim na minha vida... com muitas coisas...sendo redatora, então, esse episódio fica ainda mais literal. E pra ser sincera, passei a fazer um esforço bem maior para que esse tipo de coisa não acontecesse mais JUSTAMENTE depois de assistir esse desenho...




quinta-feira, junho 07, 2012

#Desabafo... de novo

Nojo. Tô com nojo de algumas coisas e pessoas. Ás vezes eu me pergunto se deveria escrever certas coisas como essa aqui, fazer esses desabafos, porque afinal de contas sei que estou dando respaldo pra muita gente achar que estou me fazendo de vítima, que estou julgando, etc, etc, etc... Mas sinceramente, dá licença; eu ESTOU SIM me sentindo acuada, cada vez mais encurralada, cercada por pessoas que vou te contar! Eu acho que nem sabia que tinha esse tipo de gente podre tão perto de mim, me sinto até uma completa idiota de não ter percebido isso antes. Que sociedade doente!! Pedófilos e crianças postando fotos sensuais. Homofóbicos que transam com travestis, meninas beijando meninas só pra provocar. Mulheres bonitas, inteligentes, fazendo apologia de uma vida libertina como se fosse feminismo, mas na que no das contas só vestem cada vez mais a carapuça da vaidade e da objetização como se "bem sucedida" fosse simplesmente ter um bom emprego para sustentar as compras que a farão sexualmente atraentes por mais tempo. Nessas, adiam a maternidade sem vergonha de consideram filhos como um bem de consumo a ser adquirido dentro de um orçamento, e após outros luxos materiais como carros, cursos e viagens ao exterior.

terça-feira, junho 05, 2012

O que é verdadeiro

É o tipo de conversa difícil de se ter com um ou outro sem descambar para uma visão religiosa. Aliás, eu nem gosto disso. Acho complicado até dizer para algumas pessoas que tenho ou não uma religião, porque parece que tudo o que eu digo a partir daí vai estar pautado por um pré-conceito que o interlocutor já tem a respeito de uma ideologia ou outra. Eu sei que religiões são importantes e que sua variedade também é importante para atender as diferentes e infinitamente variadas compreensões humanas, mas também acho bem decepcionante que alguns humanos se limitem tanto a esse assunto. De boa? Eu não gosto de polêmica. Detesto incomodar, detesto pensar que estou ofendendo alguém. Tem momentos na minha própria vida que já senti até vontade de pedir desculpas por existir, mas agora passando os trinta eu já sou muito malhada pra continuar ficando quieta a respeito de algumas coisas também. Por exemplo, eu tenho certeza que dou muito mais risada dos que se declaram ateus do que eles dizem rir dos evangélicos. Tá, ok, o certo seria ninguém rir de ninguém e o respeito, blá, blá, blá, mas ora bolas, nunca disse que sou santa nem que me encaixo perfeitamente no ideal de qualquer cristão, pagão, ateu ou filósofo. Eu sou só eu, o que posso saber da vida? Mas uma coisa é fato: o argumento dos ditos "ateus e agnósticos" consegue ser ainda mais bocó pelo simples fato de que os fanáticos religiosos nada, nada ainda conseguem enxergar que há algo muito além de sua simples compreensão como humanos, enquanto os primeiros na maioria das vezes estão apenas escravos de uma arrogância vã de que "tudo pode ser explicado". Explica aê, então! XD O que esses humanos chamam de "ciência" já está pela palavra limitada. Ciência é conhecimento. A "ciência" humana não conhece tudo. Pode então o conhecimento simplesmente "não conhecer" ? E não é porque você não conhece que não seja real, não esteja ali, não funcione. Você não sabe como foi criado o Universo, mas sabe que ele existe, e por ele, você. Ou você não existe? E não me faça esse nariz torto de quem está lendo desabafos de uma ex estudante de Filosofia. Não tem nada a ver com filosofia. Não tem nada a ver com religião, nem ideologia nenhuma, como já disse. Olhe em volta. Deixe de ser cego! O Universo fala com você de forma clara e óbvia, não o ignore. Você não precisa nem "pagar o mico" de dizer que é supersticioso, que acredita em premonição, amor à primeira vista, almas gêmeas, sinais, pressentimentos, coincidências. Não tem de falar nada, cala a boca e escute, enxergue, sinta. E negue, se for capaz. Deixa de ser trouxa, não é porque o neón da cidade te ofusca que não há estrelas brilhando no céu. Mas não precisa acreditar em mim. Numa bela noite, uma pane na eletricidade vem te provar isso.