
O vôo 1907 saiu de Manaus e estava indo para Brasília (caminho esse que eu conheço de sobra, a bordo dos Boeings da Gol). Inclusive, se ainda preferia a Gol para viajar, era justamente porque eu, a rainha do pânico a bordo, nunca tinha ouvido falar em acidentes na companhia.
Imaginem vocês o quão GE-LA-DA eu fiquei quando ouvi a notícia. Poderia ter sido eu. Afinal, fazem apenas dez dias que eu cheguei de Manaus, num vôo desses. A minha primeira reação, foi de imaginar o pior: e se o pai do meu bebê estava naquele vôo, dado como ele é, ás surpresas... e eu sabendo que em breve ele deve aparecer por aqui...Não.. seria MUITA zica, né? Mandei uma mensagem. Sem esperar por respostas, já que o celular dele vive sem crédito. Mas eu sabia que ele daria um jeito...Não ia me deixar com as lombrigas em pane, diante de uma notícia dessas!!
Ia..?
Nada de notícias. O jatinho Legacy, com a asa e a cauda danificadas, conseguiu pousar. O Boeing desapareceu na mata. à noite. Ninguém sabe de nada. Toda a FAB à procura. As notícias se repetem...
Lá pelas tantas, o telefone celular dá um apito, me arrancando da prostração. É ele. A mensagem só chega a primeira linha. Não reconheço o número de origem, mas reconheço seu tratamento delicioso: "Oi, vida! Eu também te amo..."
Não sei se ele disse algo mais do que isso. Nem importa. Ele está vivo, e isso para mim, é o suficiente agora...

Até as lendárias barras de cereal da Gol são notícia, agora