Dercy Gonçalves desfilando um modelo de George Moreira (á dir.) em foto da revista Caras: “Quando me casei, eu era muito pobre. Fui a pé ao cartório e com um vestido muito simples. Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo. Ser chamada de noiva na minha idade... quem não aceitaria?”, divertiu-se ela, com modelo em renda francesa e alça de strass Swarovski.
Linda. Absolutamente maravilhosa! Não, não estou sendo irônica: Amo essa mulher que, ás vésperas de completar 100 anos, ainda desfila, dá entrevista, vai à jantares, ri, conta piadas, não tem vergonha de ser escrachada e espontânea. Talentosa, lutadora, divertida, livre de preconceitos. Como não achar que ela é a própria imagem da felicidade, do positivismo e do amor à vida? Gisele Bündchen, com toda a sua beleza e fortuna, talvez seja uma velha rabugenta antes dos 70 anos. Dercy nunca foi uma top model, provavelmente nunca teve o salário da nossa musa internacional, mas com certeza podemos afirmar que ela tem algo que nem todo o dinheiro do mundo compraria: um prazer enorme de viver e ser quem é. Não há beleza, fama ou posses que paguem uma vida como a dela. E a juventude...bom, isso passa para todos nós. Cada um a seu tempo.
Essa é a minha homenagem à mulher mais incrível do Brasil. E se eu puder fazer a Deus meu pedido mais pretensioso, será exatamente esse: quero ser como a Dercy. Corajosa. Batalhadora. Alegre.
Linda. Porque não existe nada mais lindo do que ser feliz.
