sábado, agosto 25, 2012

Sagatiba

Tem coisas que a gente não esquece. Pode passar uma década, milhares de quilômetros, vidas inteiras, a gente não esquece. Muita coisa se perde, detalhes às vezes importantes. O som de uma voz que se apaga, mas as palavras sempre ficam. O tom de uma risada, mas não o brilho de um sorriso. Pequenos tesouros do coração que tornam ainda mais óbvio o fato de nada neste universo ocorrer por acaso. Também penso muito nisso, questiono os motivos de tudo o que está bem à minha frente, mas cujas razões desconheço. Merecimento com certeza, mas por quê? Lições a serem aprendidas: é hora de lutar às cegas pelo o que a lógica não vê, mas o coração sabe que está lá. Já não sei onde buscar as respostas, mas sigo firme na caminhada e sei que elas virão ao meu encontro quando chegar o tempo certo. É a minha única certeza dissipando todos os receios.Reconheço meu caminho e por ele vou seguindo, pois hoje eu sei que há algo maior a me guiar. E quando me sinto esmorecida peço o auxílio dessa Força movedora, que me torna invencível. Pois onde você estiver, sempre irei lhe buscar. Sempre.

domingo, agosto 12, 2012

De volta pra casa...

Engraçado... Eu abri o blog agora tão disposta a contar sobre a viagem, os lugares maravilhosos que fui, as pessoas incríveis que conheci...Geralmente é assim, não é? Chegamos das viagens animados, querendo contar as histórias, com sede de mostrar as fotos, dividir as aventuras...Lembro que há dez anos atrás eu passei um dia todinho escrevendo no meu blog os detalhes da viagem, dos shows, dos lugares, lembrando das histórias... Mas agora, bem agora, o que eu sinto é o coração apertadinho, como se só hoje eu sentisse a despedida. Saí da Finlândia na sexta feira, cheguei no Brasil sábado à noite. Não consegui dormir. sabe aquele nó na garganta, aquele peso que a gente sente na hora da despedida, que transborda no derradeiro abraço no aeroporto ou na estação...Eu não senti isso lá. Estou sentindo agora. Acho que tirei poucas fotos, fiz poucos filmes, colecionei poucas lembranças físicas. E embora eu tenha aprendido a não me arrepender do silêncio, acho que poderia ter dito algumas coisas que certas pessoas realmente merecem ouvir. Ou talvez tudo isso venha do fato de que a realidade insuperável da felicidade desses dias está muito além de qualquer registro... Afinal, era isso que eu pretendia para essa viagem: ser tremendamente feliz. E consegui.