Durante nossas férias, como eu já mencionei, quase sempre encerrávamos o dia com uma sessão "pipoca", assistindo a algum filme (quando o DVD, em constante fricote, permitia). Essa foi minha oportunidade de conhecer novos filmes para acrescentar a minha lista de favoritos, como "Jogos Mortais" (que eu não havia assistido ainda, com medo de que fosse uma porcaria), Sin City (cuja fotografia, fiel ao estilo "comics", é delirante!) e o comovente "O Terminal".
Porém, entre todos, o filme que eu estava mais curiosa para assistir era o polêmico "O Segredo de Brokeback Mountain". Quem não ouviu falar no filme abertamente gay que rompeu as barreiras do preconceito, ao arrebatar quatro Globos de Ouro e o troféu de melhor filme no Festival de Veneza? Os críticos aplaudiram, os héteros adoraram, a comunidade GLS achou mais um motivo para se orgulhar... E eu ainda não tinha assistido. Nem quando foi trabalho obrigatório na faculdade (na época o filme estava saindo de cartaz e não havia previsão do lançamento em DVD, aí a pobretonasem carteirinha de estudante não quis pagar doze reais e ter de ir até a p.q.p pra assistir...). Bom, enfim, eu assisti. E querem saber?
ACHEI UMA POR-CA-RI-A!!
E encho a boca pra falar, mesmo! PORCARIA! Que filme mais bobo, parado, sem graça, quase sem história!! A (péssima) impressão que eu acabei tendo desse bafafá todo em torno do filme é que as críticas maravilhosas desfiadas por aí não passam de demagogia sexista. Juro. Eu até entendo que seja complicado para algumas pessoas admitir que não gostaram do filme, ou que o acharam de fato, um filme ruim, por medo de serem tachadas de preconceituosas, mas quem me conhece sabe que eu sou bem-resolvida o suficiente para não ter receio nenhum de dizer que o filme é uma droga. Ou melhor, uma bad trip cinematográfica da pior espécie.
O único mérito REAL de "Brokeback Mountain" é ter conseguido levar uma história de amor gay para o mainstream do cinema. O que por si só não é um feito pequeno, verdade. E temos boas interpretações, o que já era de se esperar pelo calibre (sem piadinhas) dos atores protagonistas Heath Ledger e Jake Gyllenhaal. Mas o roteiro...É de dar pena. A história é lenta, praticamente imóvel. Talvez fuja do cliché ao mostrar um romance homo que esbarra, principalmente, não no preconceito da sociedade externa, mas nos empecilhos colocados pelos próprios protagonistas em viver esse amor acima de tudo. Porém, a fórmula não deu muito certo: os conflitos pessoais dos personagens não são tão interessantes assim para segurarem a trama. As situações são "xoxas", repetitivas. Uma decepção.
A única conclusão a qual cheguei, é que se os protagonistas de "O Segredo de Brokeback Mountain" fossem um homem e uma mulher vivendo um romance extraconjugal, por exemplo, ninguém, nem o crítico mais sem-noção do mundo, hesitaria em classificá-lo como "o romance água-com-acúcar mais diet de todos os tempos"
No mínimo.
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