quarta-feira, novembro 24, 2010

Rosa McCartney e o Ninho de Mafagafos

São seis da manhã em São Paulo, a garoa se espalha no chão. Sabemos que a escolha da companhia aérea é uma decisão do cliente, mas ficar esperando bagagem dar a volta na esteira, ninguém merece.

Pisei em solo paulista ainda na pista - e por mais que rime, não seria verdadeiro expôr de outra forma. A mágica e misteriosa viagem através do Brasil foi concluída com êxito. Thank you leis da aerodinâmica!

Agora, a mágica misteriosa viagem através da cidade. São Paulo, minha São Paulo, my Saint Paul, Paul McCartney! Cada ônibus era um submarino amarelo e todos os cruzamentos se tornaram Abbey Road. Dá pra ir a pé da casa da minha mãe ao hotel onde Sir Paul se hospedou. "Alô,seu Beatle! Somos vizinhos!"

Chove chuva, chove sem parar...Upa! Sem Parar, aquele chocolate? Ah, se fosse assim, deixa chover..! Mas eu me sinto uma tremenda idiota enrolada nessa capa de chuva que mais parece um saco de lixo. E, quer saber? Tô toda molhada. Não adiantou piscirocas.

Não tem grana nem chuva que pague ir ao show de um Beatle com seus pais. Meus pais detestam futebol. São espiritualizados, mas não religiosos. Não freqüentam clubes, restaurantes nem trabalham em empresas afeitas á confraternizações. Negócio deles é (muito) poucos e (muito) bons shows. Meu irmão foi praticamente no colo para o primeiro show do Paul McCartney no Brasil. Eu voltei rouca e dolorida pra espalhar a novidade na escola.

Dessa vez não teve escola. Dormi até as 15h. Ainda bem que terminei o colégio em 1998.

Tudo bem in the rain, 64 mil pessoas no estádio e meu tio consegue ver lá da pista a minha lanterna diferente. Ser esquisito é legal quando se precisa de um destaque no meio de mais de 60 mil pessoas...

Showzaço. Somzaço. Pernadaço até achar um táxi livre. E preçaralho, claro. Por aquela quantia, dava pra alugar uma limusine numa segunda-feira qualquer.

Peraê, era segunda, mas não era qualquer.

Era a segunda apresentação do Paul!

Apresentação de primeira, inclusive. Babem, cariocas, mas o Paul ama os paulistas, que têm Paul até no nome..!

Essa doeu.

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