segunda-feira, agosto 24, 2009

Quase trinta

Não há um só dia em que eu não pense que estou chegando aos trinta anos. Mesmo assim, inegavelmente adulta, ainda não consigo "realizar" minha situação de mulher casada, mãe de família, trabalhando as 8 ás 18. Ainda gosto de fantasiar sobre o que quero ser quando crescer.

Quando tinha nove, dez anos, olhava as garotas de 15, e pensava "um dia, serei como elas, terei essa aparência de moça"

Quando tinha quinze, sonhava com os 18, com uma independência utópica: "aí sim, serei adulta! " pensava.

Com 18, achava "velhas" as mulheres de 25. Mas me sentia muito nova ainda. Não me dedicava muito aos estudos nem me preocupava com futuro profissional. "Ainda é muito cedo pra decidir o que quero na vida!" , filosofava.

Com 25, grávida, assistia empaticamente docimentários sobre gravidez na adolescência. Sempre levava uma meia hora até eu me tocar de que não era bem o meu caso...

E hoje, aos 28, me recuso a acreditar que, finalmente, eu cresci (bom, pelo menos envelheci). Dá pra ver no espelho, e eu dou risada ao descobrir os ainda mínimos sinais so tempo. É engraçado envelhecer, quando não acreditamos na idade.

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