terça-feira, junho 05, 2012

O que é verdadeiro

É o tipo de conversa difícil de se ter com um ou outro sem descambar para uma visão religiosa. Aliás, eu nem gosto disso. Acho complicado até dizer para algumas pessoas que tenho ou não uma religião, porque parece que tudo o que eu digo a partir daí vai estar pautado por um pré-conceito que o interlocutor já tem a respeito de uma ideologia ou outra. Eu sei que religiões são importantes e que sua variedade também é importante para atender as diferentes e infinitamente variadas compreensões humanas, mas também acho bem decepcionante que alguns humanos se limitem tanto a esse assunto. De boa? Eu não gosto de polêmica. Detesto incomodar, detesto pensar que estou ofendendo alguém. Tem momentos na minha própria vida que já senti até vontade de pedir desculpas por existir, mas agora passando os trinta eu já sou muito malhada pra continuar ficando quieta a respeito de algumas coisas também. Por exemplo, eu tenho certeza que dou muito mais risada dos que se declaram ateus do que eles dizem rir dos evangélicos. Tá, ok, o certo seria ninguém rir de ninguém e o respeito, blá, blá, blá, mas ora bolas, nunca disse que sou santa nem que me encaixo perfeitamente no ideal de qualquer cristão, pagão, ateu ou filósofo. Eu sou só eu, o que posso saber da vida? Mas uma coisa é fato: o argumento dos ditos "ateus e agnósticos" consegue ser ainda mais bocó pelo simples fato de que os fanáticos religiosos nada, nada ainda conseguem enxergar que há algo muito além de sua simples compreensão como humanos, enquanto os primeiros na maioria das vezes estão apenas escravos de uma arrogância vã de que "tudo pode ser explicado". Explica aê, então! XD O que esses humanos chamam de "ciência" já está pela palavra limitada. Ciência é conhecimento. A "ciência" humana não conhece tudo. Pode então o conhecimento simplesmente "não conhecer" ? E não é porque você não conhece que não seja real, não esteja ali, não funcione. Você não sabe como foi criado o Universo, mas sabe que ele existe, e por ele, você. Ou você não existe? E não me faça esse nariz torto de quem está lendo desabafos de uma ex estudante de Filosofia. Não tem nada a ver com filosofia. Não tem nada a ver com religião, nem ideologia nenhuma, como já disse. Olhe em volta. Deixe de ser cego! O Universo fala com você de forma clara e óbvia, não o ignore. Você não precisa nem "pagar o mico" de dizer que é supersticioso, que acredita em premonição, amor à primeira vista, almas gêmeas, sinais, pressentimentos, coincidências. Não tem de falar nada, cala a boca e escute, enxergue, sinta. E negue, se for capaz. Deixa de ser trouxa, não é porque o neón da cidade te ofusca que não há estrelas brilhando no céu. Mas não precisa acreditar em mim. Numa bela noite, uma pane na eletricidade vem te provar isso.

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