sexta-feira, julho 27, 2007

Vê se enxerga..!


Frio. Falta de grana. Excesso de preocupações. Parece que o universo conspira para eu ter um péssimo dia.
Pelo menos, ainda- ainda- não me descontrolei no quesito "guloseimas". Não vou dizer o quê eu comi, porque ficar passando recibo de cada ervilha consumida é o tipo de paranóia delirante na qual eu nunca quero entrar. Acho que se preocupar com isso nesse nível de detalhamento é uma berrante evidência de um distúrbio alimentar. E eu tô bem sussa de ter gente no meu pé achando que eu estou doente. Uma vez, durante um jantar de família, começaram a insinuar que minha magreza era reflexo de algum transtorno idiota desses. Juro que foi apenas em respeito a minha avó, anfitriã da noite, que eu me segurei pra não descascar um monte em cima de quem começou com esse papo. Eu posso ser doida em muitos sentidos, mas achar que eu sou uma dessas malucas "pró-anorexia e bulimia" realmente me ofende. Fazer esse tipo de merda em prol da magreza absoluta é tão nojento quanto ser uma dessas obesas gordurosas que comem uns três "Big Macs" e se justificam dizendo que o lanche "é pequeno". Credo, tive uma amiga assim. O pior é que ela divertida, simpática, então era difícil fazer esse tipo de "crítica construtiva". Mas o fato é que ela gostava de sentar no sofá com um saco de bolacha e uma lata de leite condensado e ficar ali, comendo e peidando (!!) o dia inteiro. Claro que ela não fazia isso na presença de nenhum menino, ou amiga que não fosse íntima, mas pô, era bem chato...Tive uma outra conhecida que era um caso interessante: pensa numa mulher bonita. Pensa na Gisele Bündchen. Agora, pensa numa Gisele melhorada. É, melhorada, mermão! Nariz mais delicado, olhos mais brilhantes, corpo mais torneado...e pra coroar tudo isso, pensa na pessoa mais simpática que você já conheceu. Uma garota simples, bem arrumada mas de tênis, cabelo solto, maquiagem nenhuma na cara. Pois é. essa deusa existe, mora (ou morava) no interior de São Paulo e tem (ou tinha) um namorado...Bom, quando eu a conheci, pra vocês terem uma idéia, ela estava se lamentando por ele. Crise no relacionamento...Ela era louca por ele, mas não sabia se ele estava assim tão na dela, etc... Fiquei pensando "Pra esnobar uma garota dessas, imagina só o naipe do moço..!"

Tempos depois, eu a encontrei no shopping, passeando com o namorado, amor da vida dela, que fez questão de me apresentar:

Ele era baixinho, meio vesgo, cabelo meio ruim, gorducho, voz fanhosa.

O amor é mesmo cego, ou nós é que distorcemos a realidade?

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