sexta-feira, junho 08, 2007

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Credo. Tô com nojo de mim. Ando vivendo uma fase super-materialista. Justo eu, que nunca tive de fato nenhuma grande ambição de riqueza.
Acho que as reviravoltas da minha vida nos últimos anos é que me fez perceber o jeito meio absurdo que eu sempre levei as coisas. Nunca me importei com roupas, moda, perfumes, sapatos, viagens... Ou talvez eu nunca tivesse me importado porque antes, se eu tivesse, eu sabia que tinha meios financeiros de conseguir. Agora, esse lance de "hoje tem, amanhã não tem", é uma desgraça. *risos* Ser pobre pode não ser vergonha, mas que é chato pra burro, isso é.
O pior é justamente ter descoberto que, sem no mínimo uma boa aparência, não dá pra ir a lugar nenhum na vida. Digo, ter um emprego decente. Entrei em parafuso pela primeira vez quando tive que ir fazer uma entrevista, abri o armário e descobri que só tinha dois pares de tênis que uso desde os 16 anos, um par de botas pretas compridonas, havaianas respingadas de tinta, saias mais curtas do que salário mínimo, blusas decotadas ou cheias de lantejoulas, pelúcias e rendinhas, vestidinhos de criança (é, quem tem minha altura consegue fácil comprar roupa em setor infantil) e uns casacões de frio polar. Legal, né? Guarda-roupa de perua hard-rocker é uma desgraça... Mas quando eu notei isso, já era tarde demais, eu já estava falida. Se não estivesse, talvez nem tivesse percebido, afinal...entrevista? Emprego? Pra quê? *risos*

É, é um pensamento nojento, mas é fato. Não que eu nunca tivesse pensado em trabalhar, mas os meus trabalhos eram sempre com shows, música, festivais...As pessoas do nosso meio se vestiam daquele jeito e tudo bem. Ganhava pouco, mas me divertia muito. Não daria de jeito nenhum pra batalhar uma vida com aquilo. Eu fui parar na letra "f" do arquivo.

Sem contar que, com meu histórico de desavenças com meu corpo, no mínimo 3/4 do meu vestuário estavam condenados. Primeiro eu era gorda demais, e muita coisa não servia. Depois emagreci demais e o que ficou servindo deixou de servir. Aí eu me desfiz de todas as roupas de gorda, pra engravidar na seqüência e ficar "pelada" novamente. Vou te contar, viu... *risos*

E agora, as roupas de grávida estão largas, e as antigas não entram. Show de bola. Way to go. Grana pra resolver essa situação? Nenhuma. O pouco que entra vai em pomada pra assadura.

Mas eu sou brasileira e não desisto nunca...*risos*. Eu sei, ando com um fascínio anti-cristão por mansões gigantescas, cosméticos caríssimos, maquiagens de griffe, tardes inteiras de compras, zilhões de sacolas e grana pro táxi (enquanto não tirar a bendita carta de motorista- outro lapso de comodismo). Mas as minhas reais ambições não são assim tão utópicas: quero ter uma boa casa, com uma boa mobília, poder andar elegante, ir aos lugares que quiser e consumir sem pensar se vou ter grana pra pagar a conta. Acho que isso é razoável. E, "de boa" : eu acredito piamente que tenho potencial pra alcançar isso por meus próprios méritos profissionais. É isso aí: sou Pikena, a redatora publicitária desempregada menos modesta da paróquia. *rs* A única coisa que eu faço bem é escrever. Só faltava mesmo eu não ser boa nem nisso...


**alguém discorda? Por favor, o espaço de comentários está aí: sintam-se á vontade para me dar um banho de realidade.***

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