terça-feira, junho 05, 2007

"Tá na hora, tá na hora.."

"...de tomar vergonha na cara e voltar a atualizar isso aqui." Não posso nem culpar os deveres da maternidade:minha filha é um anjo, só come, dorme e suja fralda. *risos*. Eu é que tenho andado desperdiçando tempo por aí, brincando mais no Google Earth do que interessada em publicar notícias sobre o entediante caos da minha vida. *risos*

Tenho também trabalhado no meu portfolio online. Portfolio de redatora é um troço complicado, não sei se eu é que ando com a criatividade em baixa, ou com a autocrítica em alta. Um monte de trabalhos que eu antes achava "geniais", agora tô achando uma caca, e não quero colocar aquilo na vitrine nem a p... Resultado: boa parte do meu tempo é quebrar a cabeça pra ver se saem coisas novas, que realmente reflitam meu estilo, e a fase produtiva na qual me encontro agora. Vamos ver o que sai.

Ser mãe de uma menina também mudou muita coisa no meu jeito de ver o mundo e sentir as coisas. Inclusive, ás vezes até me sinto estranha, um pouco culpada, de não estar realmente sentindo aquela "febre de berçário" que acomete todas as jovens mães. Parece que um bebê faz com que as mães só pensem em fraldas, mamadeiras, brinquedinhos, berços, coisinhas fofas, em falar fininho quaisquer besteirinhas meigas...Sei lá, eu olho pra minha filha e, apesar de ela ter pouco mais de dois meses, eu não consigo deixar de enxergá-la acima de tudo como uma pessoa, um ser humano que, por mais dependente de mim que ela seja agora, não é só um "pedaço de mim" : logo ela terá opiniões próprias, vida própria, idéias que talvez (e com certeza, em algum momento) poderão ser opostas às minhas, e minha maior preocupação nesse sentido é justamente prepará-la para ter essa mentalidade independente e pessoal. Gosto de falar direito com ela, sem muitos "babebibobu" e "cuti-cuti". Acho que fiquei traumatizada com minha infância *rs*: não tinha nada que eu odiasse mais do que aqueles adultos que falavam comigo como se eu fosse meio débil mental. *risos*. Acho que a criança deve ser respeitada na sua inocência, mas querer que ela aceite que o universo dela fique o máximo de tempo possível em ursinhos, desenhos e coisas fofas não é valorizar a infância, e sim coibir o desenvolvimento mental dela. Ninguém precisa explicar política pra um bebê de dois anos, mas julgar de imediato que ele não é capaz de entender nada do que está acontecendo é no mínimo um preconceito muito besta. *rs*. Criança entende muito mais do que a gente imagina, e eu digo isso por experiência própria. Minhas lembranças mais remotas são de gente que não me levava á sério. *rs*

Por isso, não adianta ninguém reclamar de me ouvir cantar os hinos oficiais pra embalar minha pequena. Aliás, eu fico louca da vida quando vêm dar palpites na criação da Julia. Vergonha maior é um país onde a maioria da população não sabe a letra do hino nacional.

Ou a Julia vira patriota, ou vai odiar mortalmente o Brasil, de tanto ouvir... *rs*

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