segunda-feira, abril 04, 2011

Já me irritei..!

Preciso de fones de silêncio. Manja, um fone de ouvido que, ao invés de música, toque silêncio. Um tampão de ouvido só não basta: tem que ser, sei lá, uma espécie de onda que cancele as outras, ou ao menos diminua sua intensidade, esse produto, se não existe ainda, quero saber POR QUÊ. Chama um físico aí pra gente montar a barraca na próxima feira de ciências e arrumar patrocínio pra montar o troço. Eu PAGO a patente desse troço.

Está ficando muito difícil escrever com a Julia assistindo PICA PAU aqui do meu lado. Ou qualquer outra coisa que ela esteja assistindo, eu preciso de SILÊNCIO pra escrever, eu gosto de estar sozinha. Com a Julia por perto, eu só consigo male má escrever sobre ela, e olhe lá. Se quisesse escrever um diário de uma mãe primípara, ainda assim ficaria difícil. Eu preciso "da autorização" dessa coisinha. Na verdade, a Julia é interessante: ela obedece, mas SÓ DEPOIS DE COMPREENDER a ordem. O problema é que ela vai A FUNDO, nas questôes, tipo...
-Julia, fica quieta!
-O que você tá fazendo?
-Trabalhando.
-Por quê?
-Pra ganhar dinheiro e seu pai ficar feliz. Você prefere que ele fique triste?
-Nãooo..!
-Então fica quieta!
-Mas por quê ele fica triste se não tiver dinheiro?
-Porque não vai ter comida e ele vai ficar com fome!
Aí ela fica quieta. Sabe que sentir fome é ruim, não quer o pai na mesma situação, acho. Seja como for, ela achou justificativa, e obedeceu sem eu precisar levantar a voz. Mas eu tive que desfiar um monte de explicaçôes e isso ás vezes não tem cabimento, não vem ao caso, ou sei lá, não tõ a fim de perder o fio da meada, como no meio de um filme, por exemplo!! Aí rola aquele bate boca...

Mas agora ela está assistindo Pica-Pau e eu estou livre pra fazer o que me propûs desde o início: detonar a Fernanda Young. Cara, eu detesto a Fernanda Young. E é bom esclarecer desde o começo que sou fã do trabalho dela como roteirista, reconheço que ela tem um talento inegável como escritora e comunicadora, só não digo que gosto de TUDO o que ela faz porque nem ela deveria gostar. mas, duh, ninguém é perfeito.

É, ninguém é perfeito, mas eu fico me perguntando como um talento dessa fineza pode estar atachado à uma personalidade tão escrota como a Sra. Young. A não ser que ela assuma que faz de si um personagem- e nesse caso, que este texto seja o maior atestado de sua maestria. Mas se sua autenticidade for de fato tão autêntica como a mídia a rotulou (desculpem, amici, é que eu não acredito em publicitários), então a guria é simplesmente uma idiota. Não sei nem por onde começar a justificar. Aquele programa "Irritando Fernanda Young" é um desastre, a começar pelo título narcisista. Se foi idéia dela, a autorreferência ficou ridícula, e se não foi, que raio de pá-mandada ela é?
As entrevistas são sofríveis justamente por causa da anfitriã. Escrevendo ela é ótima, quando abre a boca é um destastre. Como no lance da Playboy. a Sra. Young é uma "tiazona', mas se cuida, tá bonita, na era da vaidade não é nenhum "ooooohh.!" ela poder e querer fazer Playboy, certo? Mas nããããããoooo... a Sra. Young tinha de sair por aí falando que aquele ensaio tinha algum significado protesto-político-ideológico-filosófico-cabeça. Ah, cala a boca e vira a bunda como todo mundo, Sra. Originalidade!
Que adianta ter um cérebro e acabar mostrando o rabo? Ou, ainda, se podemos nos envaidecer do cérebro, por que não podemos nos orgulhar do rabo, quando ambos são privilegiados? Pára de fazer média, Dona Irritadinha...
Quer saber? A Monique Evans é mais autêntica do que você.

O auge da cretinice foi aquele comercial da Nextel, em que ela ia andando e passando seu currículo. Concluía dizendo que tinha uma vida e tanto para quem ia se matar aos 17.
Por mim, só por aquela frase, já perdeu a oportunidade.

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