domingo, março 04, 2012

Minha amiga do fundo do poço





Então, vamos lá que faz tempo que eu não posto nada decente, comprido, e repleto de filosofia inútil para eu mesma ficar lendo depois...
Eu já nem me surpreendo mais com as idas e vindas do meu destino nesses tempos passados. De boa, já acostumei com esse movimento de giroscópio e nem fico mais enjoada com os trancos, barrancos e turbulências. Faz pelo menos um dez anos que eu não me sinto tão "E agora? Pra onde eu vou daqui?" , mas não tem importância alguma. Não tô vendo nenhuma luz no fim do túnel, mas pelo menos já sei que estou num túnel, e não no fundo de um poço úmido fazendo companhia pra Sadako Yamamura.

Falando nela, deu até saudade da época que eu passava as madrugadas na internet, morrendo de medo que aquela cabeluda molhada saísse da tela do meu computador. Não aquela americana chatinha do filme "O Chamado", mas a Sadako de verdade, a japonesa aterrorizante do original "Ringu". Olha, quando se trata de terror psicológico, os orientais estão anos-luz de qualquer Hollywood. Aquilo assusta mesmo, não é só um bando de sustos barulhentos com um monte de sangue e tripas cenográficos. "Ringu", "Oldboy" e aquele curta que assisti recentemente sobre um cara viciado em Mahjong são realmente apavorantes.

Cago de medo da Sadako, mas também gosto dela. Coitada, ela só queria seguir a vida dela, se apaixonar. Quem assistiu aquele Ringu "0", que ela tem aquele romance com o colega de teatro sabe do que eu estou falando.
É, essa sou a velha "eu". Talvez devesse começar a pensar numa frenquia brasileira de "The New Adventures Of Old Christine", mas tipo "As Novas Aventuras da Velha Rosa". É bem minha cara aquilo lá. Eu já me revoltei por pensar assim, mas agora fazer o quê?

Vestir a carapuça, abrir o sorrisinho de quem vive tropeçando nas coisas e esperar.

São Paulo não tem horizonte, mas alguma coisa boa deve estar vindo pra mim, por trás das muralhas de prédios.

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