domingo, dezembro 10, 2006

EU ODEIO GENTE BURRA! :P

Dane-se a política da boa vizinhança. Pro inferno quem achar que sou arrogante e prepotente na minha afirmação. Prefiro ser arrogante do que BURRA! Poeloamordedeus, se alguém tiver qualquer motivo pra me achar burra, me aponte os motivos e eu juro que farei do meu objetivo de vida, sanar esses defeitos.

Aliás, ser burro é muito relativo. Porque não é algo que tem a ver exatamente com o nível de conhecimento de uma pessoa, e sim em como ela utiliza o conhecimento que ela possui. Por ser burro, na minha concepção, entenda-se ter a mente fechada, cheia de preconceitos, idéias fabricadas, frases decoradas, caminhos traçados.. enfim, ser cliché, de todas as formas. Eu realmente detesto, odeio, tenho AVERSÃO à esse tipo de pessoas que não conseguem conceber nenhuma outra visão de mundo, senão a delas próprias. Essa aversão se torna um ASCO ABSOLUTO quando ainda por cima, essa "visão de mundo" é um conjunto de bobagens impostas por terceiros. Argh. Argh. Argh.

Situação-emblemática: estou jogando minha sinuca online, com um nick indecifrável, gerado pelo próprio servidor. Letras e números ao acaso. Alguém (ás vezes até com um nick igualmente indecifrável), se oferece para jogar comigo. Antes de qualquer coisa, lá vem a pergunta "Vc eh h ou m?".

Pronto: já mexeu com meus alicerces. Eu poderia simplesmente responder, mas conheço essa missa: dizer que é mulher resulta, invariavelmente em uma série manjada e absolutamente irritante de perguntas-padrão: "de onde vc eh?", "qtos anos?", "tem MSN/Orkut?"... E não adianta tentar convencer o infeliz de que eu sou muito bem comprometida, tô feliz assim, com meu barrigão de cinco meses pra provar, sou totalmente fiel e NÃO, eu não me sinto bem nem aceitando um flerte de Internet. Eu gosto SIM e muito, de conversar com pessoas, de conhecer pessoas e discutir assuntos interessantes e pertinentes. Papo-furado, até. Mas esse "ritual de acasalamento virtual" me deixa louca da vida. MAIS AINDA porque me negar a ele significa, invariavelmente despertar a injúria do meu interlocutor.

Portanto, para quem vem com o clássico "Vc eh m ou h?" eu lanço a minha irresistível pergunta: "Faz diferença?". Se a pessoa não desiste do jogo na hora, pode ter várias outras reações, a maioria nada bem-humoradas *risos*. Mas eventualmente essa minha~mania também rendeu ótimas sessões de jogo e conversa, com pessoas que, como eu realmente estavam ali para isso: jogar e conversar, nada mais.:)

Hoje mesmo deparei com três : o primeiro disse que não, que não fazia diferença. Mas logo depois insistiu na pergunta. Eu perguntei "Ué, se não faz diferença, por quê você insiste?" e ele "PORQUE EU QUERO SABER". Não gostei das maiúsculas, e muito menos da imposição. "Eu também queria acertar na Mega-Sena, mas nem tudo é como a gente quer", respondi. Tentei prosseguir o papo, mudando de assunto. O jogo prosseguiu, mas é claro que a conversa esfriou. *risos*. Pelo menos isso. Pior são os que saem do jogo sem "mais". Qual o problema de dizer "Mano, eu quero saber porque eu tô a fim de conhecer uma mina, tô sussa de teclar com cueca!". Seria perfeitamente compreensível. Claro, eu diria que apesar de ser mulher, não estou disponível, mas ás vezes me pergunto se mesmo isso não é informação desnecessária. Talvez eu leve muito à ferro e fogo, mas é que REALMENTE não sei o que se passa na cabeça desses caras (ou minas) que realmente acham que é fácil transcender o mundo virtual. Transformar uma paquera numa sala de sinuca online em algo real. Até mesmo se fosse sexo sem compromisso. De qualquer forma, detesto dar trela pra essas coisas. Não passo meu Orkut, não dou MSN. Vim aqui pra jogar, sinuca ou conversa fora, mas não com a intenção principal de fazer um novo amigo. E ninguém parece que se importa em causar uma boa impressão para ter o contato prolongado como consequência. Parece que é mais importante saber meu nome, minha cara, meu perfil, o lugar onde eu moro, do que qualquer outra coisa. Sei lá. Sou muito frustrada por perceber que a Internet, que poderia ser um lugar onde as pessoas se conhecem primeiro "por dentro", virou uma galeria de fotos e egocentrismo.

Acho que é saudades do meu tempo de BBS (DESENTERREEEEI!) quando não havia fotos, nem nicks, nem perfis, nem nada. Éramos uma lista de nomes (verdadeiros) sem nada pra fazer além de conversarmos uns com os outros, puxar um assunto meio do nada.. E, por incrível que pareça, fiz amigos ali. Não paqueras, não xavecos furados, não pessoas que já de antemão sabiam que bandas eu curtia e que seriado eu acompanhava. Pessoas que arriscaram um contato, com quem eu arrisquei um contato. E deu certo :D. Inclusive, foi muito engraçado encontrar o perfil de Orkut de uma dessas pessoas que eu conheci no BBS. Pela primeira vez eu vi fotos, informações, comunidades, essas coisas. Imaginava uma coisa toootalmente diferente, mas era essa a parte mais fascinante da coisa...


*risos*
Caramba, entortei totalmente o assunto, hein... Deixa eu ir dormir, que tem um bonitão me chamando lá no quarto... :P

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