INT. SETOR DE EMBARQUE/ DIA - ALGUM TEMPO DEPOIS:
Pikena se despede da FAMÍLIA, cujas malas estão CHEIAS DE ETIQUETAS, que também são seguradas pelas CRIANÇAS, que ACENAM. Pikena esbarra em BILUDO, que se colocou BEM Á SUA FRENTE.
BILUDO
Eu estou vendo duas...quatro...oito...doze...dezesseis brindes naquele carrinho, sem contar os que você deu para as crianças brincarem. Posso saber o que isso significa?
PIKENA
Eles tinham muitas malas.
BILUDO
O quê você está pensando..?!
PIKENA
Que a empresa quer agradar o cliente. Eles pediram muitos brindes, eu dei.
BILUDO
Ah...E, só por curiosidade...Quantos panfletos você entregou?
PIKENA
Nenhum.
BILUDO
COMO, NENHUM?
PIKENA
Nenhum, o celular deles é de outra companhia.
Pikena tenta segurar o riso. A expressão de Biludo é séria, quase furiosa.
PIKENA (V.O)
Pronto. Ele está começando a ficar naquele tom meio esverdeado, o meu favorito. Eu sei que eu deveria respeitá-lo mais, por ser meu supervisor, até por poder me cortar da equipe, mas eu não consigo...
Agora, apenas os olhos dos dois aparecem, fixos um no outro, e alternamente:
PIKENA (V.O)
...até porque eu SEI que ele não vai me cortar. Não sei POR QUÊ, mas sei que não vai.
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